quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Twitter


Professor usa Twitter para ajudar na OAB

Alexandre Mazza usa a internet como aliada para esclarecer dúvidas; na reta final do exame, ele fará revisões pela rede social
Candidatos farão a primeira fase do exame da OAB no domingo, dia 30 / ShutterstockCandidatos farão a primeira fase do exame da OAB no domingo, dia 30Shutterstock
Há cerca de cinco anos o professor Alexandre Mazza começou a usar a internet como aliada em suas aulas. Entretanto, há dois anos ele descobriu que as redes sociais poderiam ajudar ainda mais quem se prepara para concursos públicos e também para o temido exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

“Na época eu, por acaso, li uma reportagem sobre o uso das redes sociais profissionalmente e resolvi experimentar para ver o que dava. Comecei pelo Twitter e avisei na sala de aula de que estava na rede social. Alguns alunos começaram a me seguir”, relembra.

“Um dia, em uma véspera de prova da OAB, avisei que daria dicas sobre o exame e os alunos começaram a divulgar entre eles, começou a rolar no boca-a-boca e eu fiquei espantado com a quantidade de seguidores” , acrescentou Mazza, que nesses dois anos acumulou mais de 113 mil seguidores no Twitter.

Revisões 

A partir disso, ele começou a usar a ferramenta com frequência e conta com a ajuda de professores amigos. Nesta reta final antes do exame, que acontece no próximo domingo, 30, Mazza preparou uma maratona de revisões. Em sua página no Twiiter @professormazza, ele, junto com professores parceiros, vão tirar dúvidas e revisar conteúdo.

“Hoje tem revisão de processo do trabalho, a partir de 23h. Depois eu entro com direito tributário e administrativo, que são minhas matérias. Amanhã, às 23h, acontece a revisão de direito penal. Às 23h30 vamos falar sobre ética e eu entro às 24h de novo. No sábado a mesma coisa”, comenta.

Segundo explica o professor, durante os encontros pela rede social é repassada a síntese do mais importante dentro de cada assunto. “Dá para estudar até pelo celular”, diz Mazza.

Há poucos dias da prova, ele aconselha que o candidato use todo o tempo disponível para estudar. Segundo o especialista, nessa época a memória fica recente e o aluno consegue reter a matéria com mais facilidade. Mas, “é importante estudar resumos nesta fase, anotações de caderno etc. Não adianta recorrer aos livros neste momento. A revisão ajuda o candidato a relembrar os temas”, adverte.

Problemas 


Para o professor, a prova da OAB realmente é um fantasma para muitos bacharéis em direito. Segundo ele, isso acontece porque os estudantes fazem a faculdade e projetam sonhos. Enquanto ele não passa, o exame se torna um impeditivo para esses sonhos. Além disso, ele acredita que o próprio exame contribui para esse medo.

“A prova tem tido problemas. Não é a OAB quem elabora o conteúdo, é uma empresa contratada para isso, o que gera muitos problemas. A empresa anterior saiu por causa de denúncias de corrupção. Ela foi substituída de um ano para cá, mas a atual também não tem acertado”, opina Mazza.

Além disso, “as questões da primeira fase – com 80 testes – são muito difíceis. Não são de complexidade compatível com o que é razoável exigir de quem está saindo da faculdade”, avalia o professor. Na opinião do professor, é injusto culpar apenas a baixa qualidade de ensino das universidades.

Dicas 

“A segunda fase é boa, mas a correção não tem muita clareza. Isso colabora demais para os candidatos terem a impressão que o exame é um monstro. Além disso, é uma prova caríssima. A inscrição é de R$ 200”, ressalta.

Mas, ainda assim, Mazza dá algumas dicas de assuntos que devem estar no próximo exame da OAB. “Das minhas matérias, em direito administrativo sempre há questões de responsabilidade do Estado – que inclusive é um tema curto e fácil – e contratos administrativos. Em direito tributário, vale revisar responsabilidade tributária e espécies tributárias”, diz.

Além disso, o professor diz que questões sobre ética profissional e o estatuto da advocacia também devem aparecer em grande número na avaliação.

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